Que te arrancamos,
Essas, parasitas dos teus ossos
E da tua carne,
Colaram-se ao teu corpo
E nele viajaram para longe!
da experimentação
de outros destinos,
atacam corpos velhos, corpos jovens,
corpos de mulheres, de moças, de meninos,
empurrando-os, Atlântico fora,
doentes e franzinos.
Que te arrancamos,
Para elas somos tão impotentes como tu,
O que te damos
É o analgésico da alma,
A alquimia do amor que desafia
O teu sofrimento,
Ciente da sua capacidade de transmutação.
O que te damos, é o incondicional apoio
Nos nossos dedos afagando as tuas mãos sofridas,
E a certeza da nossa presença,
E da nossa perseverança,
E da esperança que te levamos
Embrulhada em sorrisos ao final da tarde.
Que te arrancamos,
Essas ficam contigo
Enquanto decidirem não te largar.
O que oferecemos,
O que te podemos dar
É a certeza do nosso carinho,
Do nosso olhar leal,
Do nosso esforço contínuo
E persistente
Por um amanhã diferente,
Que pode não ser já o teu,
Mas de um teu irmão,
De um qualquer parente
Que aqui chegue, se aninhe e se conforte
Na corola generosa e solidária,
Do nosso Girassol!
5.NOV.07
TERESA NORONHA
. O PODER DA GIRASSOL - Poe...